O Que Faz um Terapeuta Ocupacional?

Você já se perguntou o que um terapeuta ocupacional faz? Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), a terapia ocupacional é uma “profissão de nível superior voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas”. Neste artigo, abordamos detalhadamente as funções dos profissionais da área, a formação necessária, a remuneração média e o público-alvo da profissão.

O papel do terapeuta ocupacional é amplo e diversificado, abrangendo o atendimento a pessoas de todas as idades que enfrentam desafios físicos, emocionais ou sociais que afetam suas habilidades funcionais. Este profissional adota uma abordagem personalizada, criando planos de tratamento que atendem às necessidades únicas de cada paciente.

Os terapeutas ocupacionais (TOs) avaliam as necessidades dos pacientes por meio de entrevistas, observações e testes padronizados, analisando as habilidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais dos indivíduos.

Com base na avaliação, os TOs desenvolvem planos de tratamento personalizados, focados em alcançar objetivos específicos através de uma variedade de intervenções terapêuticas.

Os TOs implementam intervenções terapêuticas para melhorar habilidades e promover a participação dos pacientes em atividades significativas, como treinamento de habilidades motoras, adaptação do ambiente e uso de tecnologias assistivas.

Os TOs monitoram continuamente o progresso dos pacientes, ajustando os planos de tratamento conforme necessário para garantir a eficácia e relevância das intervenções.

Se você ou um ente querido está enfrentando dificuldades para realizar atividades diárias devido a problemas físicos, emocionais ou cognitivos, pode ser a hora de consultar um terapeuta ocupacional. Entre os casos mais comuns que requerem a intervenção desses profissionais estão:

• Reabilitação Física: Após acidentes, cirurgias ou doenças que comprometem a mobilidade ou a função, como a amputação de um membro em um evento de trauma, o terapeuta ocupacional auxilia na recuperação dessas capacidades com técnicas de adaptação, exercícios específicos e o uso de órteses e próteses.

• Saúde Mental: No campo da saúde mental, o terapeuta ocupacional trabalha com pessoas que enfrentam transtornos como depressão, ansiedade e esquizofrenia, ajudando-as a gerenciar o tempo, melhorar a organização e desenvolver habilidades sociais.

• Pediatria: Crianças com necessidades especiais, como transtornos do espectro autista, paralisia cerebral ou dificuldades de aprendizagem, beneficiam-se da terapia ocupacional para melhorar habilidades motoras finas, coordenação e autonomia em atividades escolares e de autocuidado, tudo isso como resultado de estímulos introduzidos pelo profissional atuante conforme a necessidade de cada caso. 

• Gerontologia: Na assistência aos idosos, o terapeuta ocupacional promove a independência funcional através de exercícios de fortalecimento muscular específicos para a individualidade de cada caso, além de adaptar o ambiente doméstico para prevenir quedas e facilitar um envelhecimento ativo.

A faculdade de Terapia Ocupacional forma profissionais capacitados para ajudar pessoas a desenvolverem, recuperarem ou manterem habilidades necessárias à realização de atividades cotidianas, melhorando sua qualidade de vida. Durante o curso, que tem duração média de quatro anos, os estudantes aprendem sobre anatomia, psicologia, neurociências e diversas técnicas terapêuticas, além de realizarem estágios supervisionados em contextos variados, como hospitais, clínicas, escolas e instituições sociais.

No Brasil, as três principais faculdades de Terapia Ocupacional são a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Entre elas, o curso da USP se destaca como o mais conceituado, atraindo muitos candidatos anualmente. A relação candidato/vaga no vestibular da USP pode variar, mas frequentemente gira em torno de 25 candidatos por vaga, refletindo a alta demanda e o prestígio da instituição.

O salário de um terapeuta ocupacional no Brasil varia conforme a região, setor de atuação e experiência do profissional. Em média, o salário inicial de um recém-formado é de R$ 2.500 a R$ 4.000 mensais. Em grandes centros urbanos e em instituições renomadas, esse valor pode ser maior. Com o tempo e a especialização, o profissional pode alcançar salários superiores, entre R$ 6.000 e R$ 10.000 ou mais, especialmente em cargos de coordenação, gestão ou em áreas específicas da terapia ocupacional. Muitos terapeutas ocupacionais também aumentam sua renda com atendimentos particulares.

Em resumo, a Terapia Ocupacional é uma profissão essencial para promover a autonomia e qualidade de vida de pessoas com diversas necessidades. Seja na reabilitação física, saúde mental, pediatria ou gerontologia, os terapeutas ocupacionais desempenham um papel crucial em ajudar seus pacientes a superar desafios e alcançar maior independência nas atividades diárias. Com uma formação sólida e inúmeras oportunidades no mercado, essa carreira oferece tanto recompensas financeiras quanto a satisfação de fazer a diferença na vida das pessoas.