Descubra os caminhos para se tornar dermatologista no Brasil e escolha a melhor opção para sua carreira
O universo da residência médica está cada vez mais competitivo, especialmente em especialidades como a dermatologia. Com vagas escassas e um número crescente de médicos ingressando no mercado de trabalho, além das
cotas nos certames de residência, muitos candidatos veem seu sonho cada vez mais distante.
No entanto, a residência médica não é a única possibilidade para se tornar dermatologista no Brasil. Entenda a diferença entre residência, pós-graduação e estágio e descubra qual opção se encaixa melhor para você.
1. Residência Médica em Dermatologia
A residência médica continua sendo a principal forma de ingressar na dermatologia no Brasil. O acesso é feito
por meio de certames, sejam eles unificados ou específicos de cada instituição. Ao ingressar em uma residência médica reconhecida pelo MEC, você receberá uma bolsa mensal (o recebimento de auxílio-moradia e alimentação varia de acordo com cada serviço). Algumas instituições oferecem até mesmo moradia para os residentes. As residências possuem carga horária de 60 horas semanais.
Ao final da residência médica, com duração de 3 anos, você obterá automaticamente o seu Registro de Qualificação de Especialista (RQE). É a partir desse registro que você poderá se intitular especialista em dermatologia.
Mas e o famoso TED (Título de Especialista em Dermatologia)?
Caso você tenha realizado uma residência em dermatologia, você receberá seu número de RQE independentemente da aprovação na prova do TED. No entanto, prestar essa prova após a residência é algo bem visto pelos demais dermatologistas, especialmente para aqueles profissionais que desejam seguir carreira acadêmica.
2. Estágio em Dermatologia
As vagas de estágio em dermatologia são oferecidas por diversas instituições renomadas. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, uma das principais formadoras de dermatologistas no país, conta com vagas de estágio. Nessas vagas, o médico geralmente não recebe bolsas ou ajudas de custo, salvo raras exceções.
A carga horária do estágio em dermatologia é igual à da residência médica; as atividades e práticas do estagiário são as mesmas dos residentes, e o estágio também possui duração de 3 anos.
Outra instituição tradicional que oferece vagas de estágio é a Faculdade de Medicina do ABC. Anteriormente, ela exigia residência médica em clínica médica como pré-requisito para prestar a prova de estágio em dermatologia, mas essa exigência foi removida a partir do edital de 2024. No ano passado, o edital do ABC oferecia aos quatro primeiros colocados da prova de estágio uma ajuda de custo para gastos com moradia.
Atenção! A prova de estágio costuma ser diferente das provas de residência convencionais, cobrando assuntos referentes à dermatologia e temas de clínica médica.
Importante: Ao final dos 3 anos de curso, o estagiário não obtém automaticamente o RQE. Assim que conclui o estágio em dermatologia, é possível prestar imediatamente a prova de título (TED) e, ao ser aprovado, poderá se intitular especialista.
3. Pós-graduação em Dermatologia
As pós-graduações em dermatologia, além de geralmente cobrarem mensalidades elevadas, são uma opção para quem busca o caminho da dermatologia mas não deseja dedicar tempo integral à especialidade. Possuem carga horária inferior ao estágio e à residência médica, sem possibilidade de bolsas ou ajudas de custo.
As pós-graduações costumam ter duração inferior a 3 anos e também são um caminho para a dermatologia, mas com algumas diferenças importantes:
Após o término da pós-graduação, o médico não está apto a prestar a prova de título (TED) imediatamente. É necessário um tempo de atuação mais prolongado na área (6 anos de prática em dermatologia) para poder prestar a prova. Somente após esse período e a aprovação no TED, o médico poderá receber seu RQE e se intitular dermatologista.
Acompanhe o nosso blog para descobrir novas possibilidades dentro da medicina e para manter-se a par do universo das
provas de residência médica!